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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

'' a consequência do destino é o amor ''

   Te amo , sem amar e sem amor , mas amo , com a obscuridade da alma e indiferença do ser. Não amo como a luz ou o dia; mas como a noite plena onde se escondem os temores. Talvez então o amor se revele entre voltas , talvez o amor não permita trocas. Ou simplesmente seja velado, escondido entre histórias e fatos.
  Mas nunca deixará de ser o pôr do sol no entardecer , ou o abraço apertado, daquele amigo afastado, que mesmo sem merecer, mudou teu jeito de ser e deixou que a saudade levasse tua metade e se fizesse presente , mesmo no inexistente, pois então na escurudão, do fundo do coração, cravando-lhe então as presas, imersas na incerteza ... de um amor de ilusão .

terça-feira, 6 de março de 2012

destino ? escolhas ? futuro ?

Engraçado.Nunca acreditei  que o destino guardava o momento certo pra tudo acontecer ...eu acreditava em um presente , que na verdade nunca aconteceu.
Eu espero que você não julgue mal minhas palavras, mas, eu te amo. Um amor por mim desconhecido , mas que se resume a querer bem e saber que existe algo no futuro capaz de , um dia, cruzar nossos destinos de uma maneira totalmente inesperada , mas que mudará uma história, ou não.
Eu sinceramente espero que você encontre a felicidade . Com ou sem mim. Já ouviu falar da frase clichê que diz que quem gosta de verdade quer ver o outro feliz, independente da razão da felicidade ?
É , eu já desejei muito ser o motivo dos teus risos , razão da tua alegria. Hoje só quero  que a vida revele seus segredos. Quem sabe um desses não se chame futuro ?

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012



(e ele nada precisou dizer , seu olhar dizia tudo , era o fim , do meu mundo, do nosso mundo , de tudo. Tudo. )
A distância entre nós é um abismo sem fim e a cada dia eu te quero mais do meu lado , pra curar essa dor no meu peito e secar essas lágrimas que persistem em transbordar pelos olhos. Não me conformaria em partir sem te dizer essa verdade que me assola. Eu te amo . E o amor pode ser o mais profundo abismo de uma alma dependente das drogas desse amor ofuscado por mágoas e desenganos  . Se outrora abandonei essa jornada conturbada e deixei-me submergir por essas doces ilusões foi pela falta da divina luz que ilumina as mentes por hora atordoadas. Agora, aqui, deixar-te-ei  inundado por minhas dúvidas  viventes e sentimentos contrários. Amo-te , e esse amor pertence a ninguém mais do que a minha fértil imaginação que um dia pensou abranger-te .

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

      ‘Oi, eu te amo” . Espera, esse não é um bom começo.... Já sei : “Oi , estou com saudades ”... não , ainda não (...) Como dizer que essa distância excessiva está atormentando os meus pensamentos que insistem em me lembrar você ? Qual a maneira certa de te fazer perceber que por trás de cada olhar , cada palavra, existe um coração exultante que respira teus sorrisos? Como posso te explicar que teus beijos abriram portas outrora fechadas e  esquecidas e me acorrentaram de todas as maneiras à essa ilusão constante de te ter aqui comigo ?
  Ser só mais uma brincadeira; uma palavra sem sentido. Amor.
  Qual a fórmula secreta da felicidade, que faz dos meus sonhos realidade e torna meu desejo real?
  Já sei por onde começar : Sonhei com você ...


Eu prometi pra mim que eu não ia mais me importar, que eu ia correr pra longe e te tirar dos meus pensamentos . Engraçado , né ?
A vida é uma grande roleta, a sorte está lançada, hora contra, hora ao seu favor.
Eu perdi o jogo , perdi a razão, perdi tempo, perdi o controle, perdi a noção , eu perdi você. Eu ganhei a ausência . A presença do que já se foi . Saudade .

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Não acharás, amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.
Não me temas, não caias
de novo em teu rancor.
Sacode a minha palavra que te veio ferir
e deixa que ela voe pela janela aberta.
Ela voltará a ferir-me
sem que tu a dirijas,
porque foi carregada com um instante duro
e esse instante será desarmado em meu peito.
Radiosa me sorri
se minha boca fere.
Não sou um pastor doce
como em contos de fadas,
mas um lenhador que comparte contigo
terras, vento e espinhos das montanhas.
Dá-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
Não te firas em mim, seria inútil,
não me firas a mim porque te feres.

(Pablo Neruda )

e o amor acaba ...


 O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova York; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.( Paulo Mendes Campos )

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

E depois de uma longa caminhada todos os passos são levados pelo mar ... o que só me faz perceber que a vida é como o mar , as coisas fúteis e frágeis são levadas , apagadas , e só o que é realmente sólido fica de pé .